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TJ-PR aceita recurso de advogado condenado por desvio de indenização de pescadores e derruba uso de tornozeleira eletrônica

Atualizado: 11 de jul.

Claudio Dalledone, com atuação em crimes de repercussão nacional, foi condenado a mais de 11 anos. Além dele, outras 13 pessoas também foram condenadas. Decisão de desembargador também excluiu outras medidas cautelares.

Por g1 PR — Curitiba

A Justiça julgou um recurso apresentado pelo advogado paranaense Claudio Dalledone Junior e revogou as medidas cautelares impostas contra ele, como uso de tornozeleira eletrônica. A decisão, do desembargador substituto Benjamim Acácio de Moura e Costa, é de terça-feira (9).

Em 5 de julho, o juiz Leonardo Marcelo Mounic Lago, da 1ª Vara Criminal de Paranaguácondenou Dalledone a 11 anos de prisão em regime fechado e emitiu as medidas cautelares ao permitir que ele recorresse em liberdade. O advogado foi sentenciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Dalledone, conhecido por atuar em casos de repercussão nacional, outras 13 pessoas também foram condenadas à prisão no mesmo processo.

Segundo a sentença, eles desviaram indenizações pagas a pescadores prejudicados por dois acidentes ambientais que aconteceram em 2001, no litoral do Paraná. Veja detalhes mais abaixo.

Ao julgar o recurso de Dalledone, o desembargador substituto Benjamim considerou "manifesta a ilegalidade contida na sentença preferida pelo juízo" e pontuou que o Ministério Público não requereu a aplicação de medidas cautelares ao advogado.

Além do uso da tornozeleira eletrônica, também foram revogadas as medidas cautelares que determinavam que Dalledone não viajasse, não andasse armado e não ingerisse bebida alcóolica.

"É a primeira vitória. Outras virão muito em breve. Eu estou muito tranquilo porque a Justiça será feita e esta ação será integralmente reformada. Eu não tenho nenhuma relação com os fatos criminosos que tiveram como vítimas os pescadores de Paranaguá. E não tenho dúvidas que esta decisão contra mim não vai se sustentar no Tribunal de Justiça", avaliou Dalledone.



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